quarta-feira, 12 de abril de 2017

Timeline de 1500 a 1978 (resumo)



1504 : Peter Henlein cria o que acredita-se ter sido o primeiro relógio de bolso.

1525 : Jacob Zech cria o primeiro relógio Fusee.

1641 : Galileu, em colaboração com o seu discípulo Vincenzo Viviani, executa um desenho de um sistema de medição do tempo incorporando um pêndulo.

1649 : O filho de Galileu constrói o relógio de pêndulo idealizado pelo pai.

1656 : Seguindo os passos de Galileu, Christian Huygens adaptou o pêndulo ao relógio, aumentando consideravelmente sua precisão.

1657 : Invenção do escapamento de âncora por Robert Hooke ou William Clement , há divergência quanto a esta data e quanto ao inventor.

1660 : Introdução da mola do balanço por Robert Hooke ou Christian Huygens, há divergência quanto a esta data e quanto ao inventor.

1675 : Christiaan Huygens inventa e patenteia a mola de balanço para relógios portáteis na mesma altura em que Robert Hooke reclama a mesma invenção e publica a sua "ut tensio sic vi" descrevendo as propriedades das molas.

1675 – 1680 : São introduzidos relógios com ponteiros de minutos e em alguns casos com ponteiros de segundos.

1704 : O primeiro relógio com rubis é produzido pelo francês DeBeaufre.

1757 : O inglês Thomas Mudge inventa o escape de alavanca.

1777 : Abraham Louis Perrelet inventa o primeiro relógio automático.

1795: Abraham Louis Breguet inventa o turbilhão.

1892: Na França, Auguste Verneuil inventa os rubis sintéticos.

1963: A Seiko desenvolve a tecnologia de relógios a quartz

1967: É apresentado o primeiro relógio analógico a quartzo, o Beta 21, no Centro de Relojoaria Eletrônica (CEH em francês), en Neuchâtel.

1978: Os relógios a quartzo superam em popularidade aos mecânicos, levando a indústria relojoeira suíça a uma grande crise.


Observação: Aqui temos apenas alguns poucos eventos que eu considerei como os mais importantes. Convém dar uma olhada nas referências para uma linha de tempo completa.


Referências:















sábado, 8 de abril de 2017

Relógios HMT - história e modelos

Por ocasião da independência da Índia, em 1947, a empresa HMT (Hindustan Machine Tools), uma estatal do governo indiano, recebeu a tarefa de produzir máquinas e ferramentas para apoiar o desenvolvimento do país. Em 1953 a primeira fábrica foi instalada em Bangalore.

Em 1961, com a colaboração da Citzen do Japão, a HMT instalou a primeira unidade para produção de relógios em Bangalore.

A popularidade e a demanda por relógios fez com que outras unidades fossem criadas. Em 1972 foi instalada uma segunda fábrica em torno de Bangalore. Esta unidade produzia relógios automáticos com data. Utilizava tecnologia japonesa. Ainda em 1972 uma terceira fábrica foi instalada em Srinagar. Esta unidade de Srinagar já utilizava tecnologia desenvolvida pelos engenheiros da HMT.

Em 1975 a unidade de Bangalore foi expandida para começar a produzir mola de corda, mola do balanço e os componentes anti-choque. Assim, a HMT adquiria a tecnologia completa para a fabricação de relógios mecânicos.

Os relógios da HMT foram muito bem aceitos no mercado indiano. Em 1978 e 1985 a empresa produzia 2 milhões de componentes de relógios em plantas industriais instaladas em Tumkur e Ranibagh. Os relógios eram montados em várias unidades de montagem espalhadas pelo país.

Alinhada com o mercado a empresa fez com que a unidade de Tumkur fosse parcialmente convertida para a produção de relógios analógicos de quartz. Isto com o apoio da Citzen.

Em 2000 a empresa foi reestruturada mudando o nome para HMT Watches Limited.

A empresa tem mais de cem milhões de clientes satisfeitos e goza de prestígio em seu país. Seu relógio a corda manual mais popular é o HMT Janata.



Outros modelos são:

HMT Pilot




HMT Jhalak



HMT Sona



HMT Braille






Referências:


segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Seiko 7S26 – sistema de carregamento


O sistema de carregamento armazena energia para o funcionamento do relógio. Isto é feito através da mola de corda. Esta é enrolada e a energia fica armazenada. Ao ser desenrolada ela transmite a energia que faz o relógio funcionar.

Abaixo temos uma figura com várias molas de corda.



Aqui temos uma mola de corda em seu alojamento no tambor.
 

A mola de corda enrola para uma única direção. Assim, há necessidade de um sistema que execute esta operação. Em relógios à corda isto é feito quando damos corda no relógio. Nos relógios automáticos isto é feito pelo sistema de carregamento automático.

Normalmente o sistema de carregamento automático possui um rotor, um peso, que gira e enrola a mola de corda. Quando usamos o relógio no pulso e nos movimentamos o rotor gira dentro do relógio carregando a mola de corda. É por isso que quando não usamos um relógio automático por algum tempo ele descarrega.

Abaixo vemos o rotor destacado por uma seta amarela e pela pinça.
 


Porém, o rotor pode girar em dois sentidos mas a mola de corda enrola somente em um sentido. Assim, é necessário que o movimento do rotor seja convertido para uma única direção: a direção que enrola a mola de corda.

Existem vários sistemas que executam esta tarefa. O movimento Seiko 7S26 utiliza o sistema conhecido como “Magic Lever”, em tradução livre seria “Alavanca Mágica”.

Este sistema foi muito bem projetado. Ele é muito eficiente e utiliza um rotor mais leve que opera perfeitamente por muitos anos com pouca manutenção. Este sistema é muito superior a vários outros sistemas de carregamento automático.

Abaixo temos outra foto do movimento 7S26 destacando as seguintes partes:

- ponte do balanço (balance cock)
- primeira engrenagem de redução (first reduction wheel)
- rotor (oscillating weight)
 


Ao desmontar este sistema a primeira coisa a fazer é observar o alinhamento do rotor e da engrenagem de redução. O rotor deve ser instalado de maneira correta para que o sistema funcione perfeitamente. A marca de alinhamento é o círculo amarelo na ponte do balanço, marcado na foto abaixo como A. A ponta do rotor está marcada como B. O círculo na engrenagem de redução está marcado como C. Os três componentes devem estar alinhados como na foto.
 

Para remover o rotor afrouxe o parafuso grande no centro (rotor screw).


Aqui temos outra foto do rotor com destaque para o rolamento central (ball bearing).
 

Embaixo do rotor temos o sistema “Magic Lever”. Ele consiste de três componentes:

- a primeira engrenagem de redução (first reduction wheel)
- as alavancas (pawl levers)
- a segunda engrenagem de redução (second reduction wheel)

O movimento do rotor é transmitido diretamente para a primeira engrenagem de redução, então esta também gira em ambas as direções. As alavancas são acopladas embaixo da primeira engrenagem e movem-se linearmente puxando e empurrando a segunda engrenagem de redução.
 


Como a “mágica” funciona? Observe …......

Quando a primeira engrenagem gira no sentido horário:
 


De 0 a 180 graus a alavanca da esquerda empurra (push) a segunda engrenagem enquanto a alavanca da direita está travada.

De 180 a 360 graus a alavanca da direita puxa (pull) a segunda engrenagem enquanto a alavanca da esquerda está travada.

Observem que durante todo o giro da primeira engrenagem no sentido horário a segunda engrenagem gira no mesmo sentido.


Agora vejamos quando a primeira engrenagem gira no sentido anti-horário:
 


 
De 0 a 180 graus a alavanca da esquerda empurra (push) a segunda engrenagem enquanto a alavanca da direita está travada.

De 180 a 360 graus a alavanca da direita puxa (pull) a segunda engrenagem enquanto a alavanca da esquerda está travada.

Mais uma vez, durante todo o giro da primeira engrenagem a segunda engrenagem girou no mesmo sentido.

Então veja que independente da primeira engrenagem girar no sentido horário ou anti-horário a segunda engrenagem sempre gira no mesmo sentido.

A segunda engrenagem de redução transmite o movimento para a roda de carga do tambor.

Um detalhe muito importante da segunda engrenagem de redução é que seu parafuso de fixação, este com três fendas, possui rosca inversa. Assim, para afrouxar este parafuso gire a chave no sentido horário e para apertar gire no sentido anti-horário.





Fontes:





 

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Lubrificação


Objetivo da lubrificação: diminuir ao máximo a fricção entre as peças em movimento.

A ação da película de óleo ou graxa formada impede o contato direto das peças, o que reduz a perda de energia (devido a fricção) e o desgaste, aumentado o rendimento mecânico.


Ferramentas necessárias

Porta óleo

 


Pinga óleo




Pinga-óleo automático – com depósito de óleo. Indicado para as pedras com contra-pivôs







 
Lubrificação

Antes da lubrificação deve ser feita uma limpeza das peças. O ideal é que seja feita em lavadora apropriada.

A âncora deverá ser limpa com benzina retificada

O balanço ficará na sua ponte, parafusado na platina. Serão retirados os antichoques.

O tambor de corda não deve ser colocado na lavadora.

O mostrador, ponteiros e indicadores do calendário também não devem ser colocados na lavadora.


 
Canhão de minutos (chaussée)

Pingar graxa a dois terços de sua altura.



Árvore do tambor de corda

Pingar graxa nos contatos com o tambor, a platina e a ponte.
 



Rodas

Encher os depósitos até a metade, no máximo, dois terços (2/3).

É preferível lubrificar com o movimento desmontado, o que permite ao óleo formar gotas regulares ao redor dos pivôs.

Os pivôs do eixo da âncora não se lubrificam.



Rubis e contrapivôs

a) Introduzir o óleo na depressão do rubi


b) Com uma ponta de aço muito fina fazer com que o óleo se desloque para o contrapivô.
 


Incabloc

a) Liberar a mola de lira e soltar as pedras. Limpar as pedras.



Depois da limpeza lubrificar, para isso:


b) Depositar uma gota de óleo no contrapivô

 
 
c) Remontar o contrapivô no antichoque, prender com a mola de lira.


 
Escape

Depositar uma gota de óleo no rubi de saída da âncora, fazer passar cinco dentes da roda de escape e novamente depositar uma gota de óleo no rubi de saída. Fazer isto até que tenham passado todos os dentes da roda de escape.

 
Não se deposita óleo no rubi de entrada porque o primeiro dente da roda de escape levará mais óleo que os demais. Como este dente passa perto do corpo da âncora há o risco deste excesso de óleo passar para a âncora e para seu pivô, podendo causar a parada da máquina.


Fontes: