Iniciemos nosso pequeno estudo com uma pergunta: como se mede o tempo?
O tempo é algo intangível e como podemos medir algo assim?
Para chegarmos a resposta vamos analisar um antigo objeto usado para medir o tempo: a ampulheta.
Como
medimos o tempo com a ampulheta? Estando toda a areia embaixo
simplesmente viramos a ampulheta. Quando o primeiro grão de areia
cai inicia a contagem do tempo e quando o último grão de areia cai
temos um intervalo de tempo. Observe que o tempo foi medido através
de dois eventos: a caída do primeiro grão de areia e a caída do
último grão de areia. Assim, vemos que uma maneira de medir o tempo
praticamente significa observar o intervalo entre dois eventos.
O
dia por exemplo pode ser medido por dois eventos: nascer do sol e por
do sol. Era assim que os antigos faziam.
No
século XVI Galileu Galilei descobriu a física do movimento do
pêndulo. Este conhecimento permitiu ao homem medir o tempo através
da oscilação do pêndulo.
Cada
oscilação do pêndulo nos fornece um evento que pode ser usado para
medir o tempo.
Com
este conhecimento em 1656 Christian Huygens (físico,
matemático, astrônomo e horologista holandês) criou o relógio de
pêndulo.
Abaixo
temos o diagrama básico
de um relógio de
pêndulo.
A
fonte de energia fornece a energia necessária ao funcionamento. Sem
ela o pêndulo iria parar. Ela faz com que as oscilações do pêndulo
continuem.
Esta
energia é transmitida através de um conjunto de engrenagens e chega
até o oscilador, o nosso pêndulo.
O
pêndulo oscila e gera os eventos, no caso os famosos tic-tac que
marcam o tempo.
Estes
são contados e exibidos no mostrador do relógio. Esta contagem e
exibição também é proporcionada pela engenharia das engrenagens.
Observe
que as setas azuis indicam o fluxo da energia e as setas vermelhas
indicam a contagem e exibição do tempo.
O
relógio de bolso e o relógio de pulso são variações do relógio
de pêndulo. A principal diferença é o tipo do oscilador. Além
disso, quando o relógio possui um sistema de “auto-carregamento”
da energia é chamado de relógio automático.
OBS:
figura apenas ilustrativa dos blocos de um relógio. Este sistema de carregamento
é de um automático enquanto o resto das figuras referem-se a um
relógio à corda manual.
Assim,
o verdadeiro horologista não só deve saber onde cada peça vai
instalada da maneira correta como também entender a função de cada
peça e sua conexão, ou seja, como elas trabalham em conjunto.
É importante ressaltar que existem muitos desenhos de movimento, então esta
conexão entre as peças nem sempre é fácil de entender. Convém
estudar cada tipo de movimento.
Uma
vez que você domine estes conceitos será capaz não só de
desmontar e montar um relógio, mas também de sanar defeitos.
Referências:
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